segunda-feira, 31 de maio de 2010 às 21:23

Entrevista sobre Emoções

às 21:18

Este trabalho foi realizado, para mostrar a grande diversidade da importância das emoções, seja para sobrevivência, tomadas de decisões, estabelecimentos de limites e até na nossa comunicação.

"Não somos responsáveis pelas emoções, mas sim do que fazemos com as emoções."
Jorge Bucay

às 19:29
História da Psicologia no Brasil

Há mais de mil anos, o homem se percebeu como um ser pensante, inserido em um complexo que chamou de Natureza, vem buscando respostas para suas dúvidas e fatos que comprovem e expliquem a origem, as causas e as transformações do mundo. No entanto, falar sobre história da Psicologia no Brasil não é um simples trabalho de “recorte”. Falar sobre história da Psicologia é uma tarefa muito mais complexa e multifacetada.
Pois a psicologia, como profissão, nem sempre existiu: ela foi construída ao longo da história. Surge da tentativa de compreender um fenômeno social novo respondendo, assim, a uma demanda que se insere em um movimento político-ideológico historicamente datado.
Este "fenômeno novo" é o sentimento de "eu". Suas origens encontram-se na revolução burguesa que, transformando a organização feudal, instaura uma nova forma de organização social.
No mundo feudal, hierarquizado em escala de valores e verdades diretamente ligadas à vontade divina, homens e mulheres tinham seus lugares definidos. Cabia-lhes, apenas, manter o que já estava pronto, e cuja organização seguia a mesma ordem que regia o universo: a terra no centro e a religião oferecendo as referências ético-morais a serem seguidas. Era um mundo paralisado, onde a possibilidade de mudanças sociais era impensável, pois cada um já nascia com um lugar pré-definido e imutável. Esta sociedade, que desconhecia a individualidade e onde, consequentemente, a noção contemporânea de sujeito inexistia, não precisava da Psicologia.
As idéias liberais transformaram radicalmente este mundo estanque.
Estavam lançadas as bases para o próximo passo: o surgimento paulatino da noção de sujeito e, por extensão, a de "eu" separada da de "nós”.
Outros conceitos, tais como o de "mundo interno", "mundo externo", "singularidades", "componentes individuais", "personalidade", "subjetividade" e outros tantos, vão definitivamente confortar a idéia de um "eu", individual que deve ser compreendido em sua particularidade.
A história da Psicologia, cuja etimologia deriva de Psique (alma) + Logos (razão ou conhecimento), se confunde com a Filosofia até meados do século XIX. Sócrates, Platão e Aristóteles deram o pontapé inicial na instigante investigação da alma humana.
Em 1649, René Descartes – filósofo francês – publica Paixões da Alma, reafirmando a separação entre corpo e mente. Pensamento que dominou o cenário científico até o século XX. Alguns pesquisadores alegam que essa hipótese assumida por Descartes foi um subterfúgio encontrado para continuar suas pesquisas, desenvolvidas a partir da dissecação de cadáveres, com o apoio da Igreja e protegido contra a Inquisição.
O fato é que no final do século XIX, os acadêmicos da época resolvem distanciar a Psicologia da Filosofia e da Fisiologia, dando origem ao que se chamou de Psicologia Moderna. Os comportamentos observáveis passam a fazer parte da investigação científica em laboratórios com o objetivo de se controlar o comportamento humano. Nesse sentido, os teóricos objetivam suas ações na tentativa construir um corpo teórico consistente, buscando o reconhecimento, enfim, da Psicologia como ciência.
É neste cenário investigativo que surgem três correntes teóricas: o Funcionalismo, o Estruturalismo e o Associacionismo.
Outras correntes psicológicas surgiram que conhecemos hoje:

Behaviorismo
Gestaltismo
Psicanálise

Concomitantemente, a este processo, surge a necessidade de uma ciência que estude, compreenda e, consequentemente, se posicione sobre este "eu" que possui características únicas e particulares. Nasce, então, a psicologia: a ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento, que propõe a compreensão, o conhecimento, o logos, da mente, da alma, da psyché.
Estas idéias contextualizam, de forma bem resumida, o aparecimento da psicologia: ao surgir, ela vai interessar-se na descrição do fenômeno psíquico como algo abstrato, independente da realidade externa. Dada a sua origem biológica naturalista, que entende o comportamento humano como resposta a estímulos emitidos por um organismo fisiológico, a psicologia não considerou que a sociedade na qual o homem que responde está inserido é o resultado de um processo histórico-dialético (MAURER LANE, S., T., 1985).
No Brasil a psicologia, como em qualquer outro país, foi historicamente construída e marcada pelos interesses das elites dominantes. Deste o início prestou-se, tanto como ciência quanto como profissão, para o controle, classificação e diferenciação, pouco contribuindo para reais transformações sociais (Bock, A. 2002, p. 7).
Esta breve digressão da história da psicologia no Brasil vem nos mostrar que, desde sua origem, nossa prática profissional foi marcada por uma posição ideológica clara e bem delimitada, alinhada aos interesses das elites dominantes.
Não existe clínica psicológica sem consequências, o que faz que nossas intervenções sejam, inevitavelmente, direcionamentos (Bock, A. 2002, p. 11). Psicologia é a ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais. Melhor dizendo, a Psicologia estuda o que motiva o comportamento humano – o que o sustenta o que o finaliza e seus processos mentais, que passam pela sensação, emoção, percepção, aprendizagem, inteligência...
Assim, a Psicologia hoje, pode contribuir em várias áreas de conhecimento, possibilitando cada área uma gama infinita de descobertas sobre o homem e seu comportamento, ou sobre o homem e suas relações.
História da Psicologia na Bahia

Nina Rodrigues (1862-1906) tinha 17 anos quando do início formal da Psicologia. Para trabalhar com a “Psicologia do seu tempo” foi escolhido o período de 1882 a 1906, época em que a Psicologia, ainda nos seus primórdios, começava a se espalhar mundo afora.
Na Bahia, Nina Rodrigues (1939) aplicou o paradigma ao contexto social no final do século XIX produzindo conhecimentos sobre aspectos do ambiente cultural, de tipos humanos, do comportamento de grupos e de pessoas.
Rodrigues delegou o retrocesso econômico da Bahia á predominância da raça negra e aos mestiços, que, com suas doenças, costumes e religião, influenciavam a população. E concluiu que tanto a decadência do estado quanto o caráter epidêmico da doença conformavam uma enfermidade decorrente de uma e patológicas
.Nina se inspirava na produção científica de europeus que tornava patológicos os conflitos da vida cotidiana, situou os seus estudos sobre movimentos de massa como constitutivo da psicologia social.
A ausência de profissionais especializados em psicologia era grande e a sua necessidade sentida nos hospitais psiquiátricos, nas escolas e na administração pública. Nacionalmente o panorama era semelhante.
Na Bahia, João Ignácio de Mendonça e Isaías Alves de Almeida, professores de psicologia na faculdade de filosofia e pedagogia, respectivamente, foram os primeiros implementadores de conhecimentos sistemáticos de psicologia. O pioneiro de história do curso de psicologia na UFBA foi Quixote.
Constitui-se a nível nacional, em 1957 um grupo e um movimento pró regulamentação da profissão de psicólogo.
Uma parceria da cadeira de Psiquiatria com o Instituto de Seleção e Orientação Profissional da Fundação Getúlio Vargas, propiciou em 1955, treinamento em técnica de entrevista e testes projetivos para alunos da área médica da Universidade. Devido a reivindicações do professor João Mendonça e de um grupo de estudantes, não foi possível excluir os alunos de Pedagogia e Filosofia. Apesar de o IDOV ter sido criado como órgão suplementar, o Professor João Mendonça alimentava o sonho de um dia ele também ser um espaço natural de estágio para os futuros alunos do curso de Psicologia, mas este sonho não foi concretizado, pois o IDOV foi extinto. Em 1961, mudanças ocorridas nas estruturas de poder da Universidade levaram o Professor João Mendonça a solicitar providências para a criação do curso de Psicologia. A viabilização dependia de modificação no regimento Interno da Faculdade de Filosofia. Mesmo assim o projeto foi aprovado. Porém depois de o projeto adormecer por um ano na Reitoria, João Mendonça reiterou a solicitação ao Conselho Departamental, ao tempo em que comunicou a aprovação da Lei Federal 4.119, de 27 de agosto de 1962, que regulamenta a profissão de psicólogo no País.
Trocas de ofícios, cansativas providências e prolongados engavetamentos do processo demonstravam o pouco interesse na autorização do início do curso. Os prenúncios da Reforma Universitária vieram deter a marcha dos acontecimentos, o que possibilitou a criação do mencionado curso, em decorrência do clima propício a novas ações, estabelecido no Reitorado do Professor Roberto Santos. A visita ocasional da Professora Carolina Martucelli pela Bahia e seu conhecimento com o professor Roberto Santos permitiu, por um dado fortuito, que se começasse a pensar no curso de Psicologia com menos preconceito e a regulamentação da profissão do psicólogo constituiu um fato social coercitivo sobre as Universidades Públicas que, assim, se viram forçadas a assumir seu papel na formação do profissional em questão.
De 1963 à1968 houve progressos, estagnações e voltas a respeito da instalação do curso. Finalmente, em 1968 foi criado o curso de psicologia da UFBA, dez anos após ter sido fundado o primeiro curso no Brasil, em São Paulo. Várias hipóteses podem ser levantadas para responder a essa demora, preconceitos e reserva de mercado são alguns deles.

Resenha "Nós que aqui estamos por vós esperamos"

sexta-feira, 28 de maio de 2010 às 19:11

O documentário "Nós Que aqui Estamos por Vós Esperamos", estreado por Marcelo Masagão, resulta de um amplo estudo sobre o século 20; segundo o próprio cineasta.
Nesse relato visual da história de seus personagens, o autor utilizou imagens de sepulturas, concluindo o trabalho fazendo com que o telespectador perceba o significado do título escolhido para o filme. Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos sugere que a morte deixa a todos em um mesmo nível, reforçando a base religiosa que diz que o homem veio do pó e ao pó retornará independente do que realizou no decorrer da vida.
Nessa espécie de retrospectiva em forma de poesia do século 20, Marcelo Masagão inicia a comparação entre os indivíduos, procurando repassar com o mesmo grau de importância a vida de celebridades, como o bailarino Nijinski, o ator Fred Astaire e o jogador de futebol Garrincha, e das pessoas comuns, como uma empacotadora de cigarros, trabalhadores industriais e garimpeiros de Serra Pelada. Assim, o autor propõem uma conscientização do telespectador, e a importância de todos indivíduos para essa história. Todos se completando e dependentes entre si.
O filme não trata somente de uma retrospectiva, demonstra à busca dos sonhos e ideais de cada um. Onde uns se limitam à simples sobrevivência, como os operários que trabalham em indústrias automobilísticas, mas que jamais tiveram condições de possuir um automóvel. E outros comprovam a onipotência do homem, como o pintor com a roupa especial para encontrar-se com Deus, ou ainda o alfaiate francês imitando um pássaro e lançando-se da Torre Eiffel, imagem que se funde com a explosão de um ônibus espacial americano. Fica explícito o egoísmo humano e o desejo de conquistar o inconquistável. Por meio da sobreposição das imagens, o telespectador é convidado a conhecer o pensar dos personagens da história.
Vimos que a irracionalidade das guerras não deixa de fazer parte das imagens do século, onde a vaidade do homem busca sempre o poder e glória. Irracionalidade porque as guerras são

iniciadas por aqueles que nunca carregaram um fuzil ou explodiram uma bomba na cabeça de outro, são aqueles que ficam em seus escritórios ventilados no verão e aquecidos no inverno, contando as baixas do exército inimigo ou encaminhando os mortos a seus parentes, achando ainda que seus trabalhos sejam insubstituíveis e de grande importância: aqui vai um herói, que perdeu a vida lutando bravamente pela liberdade do mundo. Esses versos do soldado Kato Matsuda, morto em 1945, representam com dignidade essa visão do absurdo das batalhas.
“Papai, mamãe, me desculpem por ser
um filho ingrato.
Não há pior desgraça do que um filho
morrer antes dos pais, isso foge à ordem
natural das coisas.
No meu silêncio já refleti muito sobre
o sentido e a finalidade desta guerra.
Mas estar aí junto a vocês seria
uma grande humilhação...”
Já o final do filme, uma leitura cinematográfica de "A Era do extremos" de Eric Hobsbawm, retrata o surgimento da Globalização e seus benefícios/malefícios.
As imagens de maquinários, invenções, fumaça, rotinas trabalhistas... Aparece com o surgimento da globalização, fato de grande avanço na história da humanidade e continua sendo até a época presente, mas, a globalização também teve o seu aspecto negativo. Esse avanço tecnológico que substituiu o cheirinho dos cavalos nas carruagens pela fumaça dos automóveis, e a mão-de-obra humana foi, pouco a pouco, sendo substituída por máquinas. Esse exemplo é trazido pelo filme, quando vemos que a fabricação de um carro demorava cerca de doze horas para sua total conclusão, e com a globalização esse tempo diminuiu para aproximadamente uma hora e trinta minutos.
Com isso a ganância das pessoas pelo capital aumentou, os conflitos e as guerras tornaram-se mais constantes. E falando em guerra... Ela é muito salientada no filme, sobretudo as mortes que ela ocasiona.
A globalização, trouxe conseqüências positivas e negativas. Muitos foram os ganhos: Eletricidade, equipamentos modernos, automóveis... E muitas foram as perdas: desde a perda de um emprego até a perda da própria vida em guerras de interesses econômicos.

Com esse documentário, aprendemos ver a individualidade de cada um que morre numa guerra, concluindo que a globalização além de afetar as áreas econômicas, políticas, culturais e religiosas, afetou também o pensamento do homem. Muitas foram as mortes, muitos foram os homens desempregados e muitas foram as garotas que abandonaram o ballet... Sobretudo, não podemos assumir um caráter revolucionista e precipitado, só criticaando a globalização, pois se não fosse por ela, talvez nem estivéssemos aqui.
Com a tela bombardeada com imagens que resgatam a memória do século, uma melancolia ressaltada pela trilha sonora, existe também momentos que sugerem certo otimismo em relação ao futuro. Essa busca da felicidade é o objetivo que melhor traduz o que deveria ser a essência da existência humana, mas será que a felicidade existe?

“Dizem que em algum lugar, parece que no Brasil, existe um homem feliz.”

O que mudou com a Reforma Psiquiátrica

às 18:24

Este texto foi elaborado com base em pesquisas bibliográficas e uma entrevista realizada com um profissional da área. Tem como objetivo esclarecer as mudanças causadas pela reforma psiquiátrica e o principal, mostrar a necessidade existentes e as mudanças que devem sair do papel.
A reforma psiquiátrica tem se configurado em um campo de conflito bastante intenso visto que a reforma proposta por distintos grupos sociais apresenta divergências em relação ás mudanças a serem realizadas, conforme a inserção social e interpretação do sujeito que a apresentam.
As propostas impostas por alguns questionadores foram procurar romper com a tradição dos manicômios no Brasil. E em 1971, Basaglia fecha os manicômios acabando com a violência dos tratamentos e põe fim a instituição psiquiátrica tradicional. Em 13 de maio de 1978 foi instituída a Lei 180, de autoria de Basaglia, que não só proíbe a recuperação dos velhos manicômios e a construção de novos como reorganiza os recursos para a rede de cuidados psiquiátricos, restitui a cidadania e os direitos sociais dos doentes e garante o direito ao tratamento psiquiátrico qualificado.
Através das respostas do profissional da área de saúde mental podemos avaliar se as reformas feitas foram aplicadas ou não. Por intermédio dessa entrevista concluímos que o II Congresso Nacional do (MTSM) Movimento dos Trabalhadores de Saúde Mental, em Bauru, SP e a I Conferência Nacional da Saúde Mental no Rio de Janeiro contribuíram para a reforma psiquiátrica no nosso país, pois reuniu os maiores nomes da época em saúde mental, que a implantação do CAPS no Brasil representa uma revolução no tratamento de forma a enxergar e lidar com a saúde mental. Os CAPS representam a possibilidade real do fim dos depósitos humanos. Que a lei de Paulo Delgado que determina o fim dos leitos psiquiátricos por uma rede integrada de saúde mental foi aprovada e vem sendo aplicada aos poucos nos nossos dias.
Observamos que a reforma psiquiátrica não funciona da maneira para qual foi concebida ou como deveria, pois não é uma mudança fácil e precisa de tempo para se adaptar. Cobranças devem ser feitas pelos profissionais da área.
A reforma como todo projeto tem o seu lado positivo e negativo. A liberdade que dá, a inovação na maneira de tratar o doente, de reinseri-lo na sociedade são muito positivas. Já o lado negativo encontra-se nos equívocos de sua implantação. Confirmamos que existe uma grande preocupação por parte dos profissionais com os cuidadores, mas por falta de estrutura e programas o que tem sido feito em relação a tais é pouco, apenas o acolhimento dos profissionais é o que eles podem ter.
Os CAPS tem feito mudanças significativas para o paciente e sua família. O programa de Volta para casa tem ajudado muito esses pacientes, pois permite que tais convivam com o mundo social que favorecem o estado psíquico. Mas há muito para fazer, cobranças devem ser feitas, mas devemos fazer a nossa parte. Não esqueça de que o cuidador também precisa ser cuidado. A reforma deve ser feita primeira em nós de maneira consciente e verdadeira e assim poderemos cobrar as mudanças ao nosso redor.

Resenha 'O nome da Rosa'

terça-feira, 18 de maio de 2010 às 14:40

O filme “O nome da Rosa” conta a história da razão contra a inquisição.
Estranhas mortes começam a ocorrer num mosteiro beneditino localizado na Itália durante a baixa idade média, onde as vítimas aparecem sempre com os dedos e a língua roxos. O mosteiro guarda uma imensa biblioteca, onde poucos monges tem acesso às publicações sacras e profanas. A chegada do monge Franciscano, William de Baskerville, auxiliado pelo seu noviço, Adso Melk, incumbido de investigar os casos, irá mostrar o verdadeiro motivo dos crimes, resultando na instalação do tribunal da santa inquisição.
Ele trazia consigo vários instrumentos avançados para a época de suas investigações, como: um quadrante, um astrolábio e também uma lente que foi utilizada por ele no filme em vários momentos para fazer as leituras de alguns livros. Essa lente era um instrumento que poderia nos levar, naquela época, a imaginar que o homem poderia enxergar melhor o conhecimento.
Com o passar do tempo descobriram que esses monges mortos manuseavam os livros cujas páginas estavam envenenadas. Então quem ousasse desobedecer à ordem de ler o livro, morreria antes de informar o seu conteúdo, descobriram que a causa das mortes está diretamente relacionada à busca do conhecimento.
Com o intuito de evitar a busca pelo conhecimento e possíveis questionamentos que aquele pudesse gerar, a igreja adotava preceitos, tais como: “A dúvida é inimiga da fé.”, “Na sabedoria, há tristeza, quem amplia seu conhecimento, amplia, também o seu pesar.”, “É perigoso raciocinar demais.”. Estes e outros preceitos confirmavam a crença, do alto clero, em que os livros possuíam sabedorias diferentes das deles e que eles poderiam pôr em risco a infalibilidade da palavra de Deus.
O mosteiro Benedictino era possuidor de uma rica biblioteca, porém seu acervo era bastante restrito e protegido por um labirinto construído em seu interior. Nesta biblioteca havia muitos livros que eram “proibidos” e entre eles estava o segundo livro da Poética de Aristóteles, que fala sobre a comédia. E este, seria a causa de assassinatos dentro do mosteiro.
Esse livro, dedicado à comédia, era especialmente proibido, pois o riso era considerado um pecado, coisa do demônio, portanto, os monges não deviam rir, para o riso havia os bobos. Dessa maneira foi criada a Inquisição que funcionava para punir os crimes praticados contra a Igreja Católica. E William, o monge franciscano e renascentista utilizando da ciência ou a razão para dar solução aos crimes, desagradava a Santa Inquisição da Igreja.
Foi fazendo uso da razão ou da ciência que houve solução para os crimes cometidos pela igreja e abuso de poder. Onde para não se ter uma fé cega, é preciso utilizar-se da ciência como instrumento principal para desvendar os mistérios impostos pela religião.
Por esse motivo, a ciência teve ascendência sobre a religião, pois através de seu posicionamento, contribuiu para o misticismo e o entrave do desenvolvimento intelectual de todo um período histórico, principalmente da Idade Média, cercado pela Inquisição e seu poderio absurdo e desmedido.

Resenha 'Fúria de Titãs'

às 14:35

O filme, rico em características mitológicas retrata um envolvimento entre homens, deuses e monstros. Onde uma guerra inicia-se quando Zeus engravida a princesa Danae filha do rei Arcísio de Argos. Com muita raiva o rei Arcísio lança sua filha em uma arca ao mar juntamente com Perseu, fruto da sua união com Zeus. O deus Poseidon presencia toda a cena, e ao voltar para Olimpo informa da traição de Arcísio a Zeus. Com raiva da traição, Zeus manda que Poseidom liberte o último Titã Kraken para destruir a cidade de Argos inudando-a. Perseu e sua mãe são salvos e param na ilha de Sérifo.
Enquanto isso, Zeus resolve punir Calibos, o filho da deusa Tétis, o transformando em monstro, forçando-o a viver nos pântanos, pois foi lhes confiada à proteção dos poços da Lua, mas ele resolve destruir, caçar, matar e aprisionar tudo por lá, exceto o cavalo Pégaso. Tétis, então fica com muito ódio com o que aconteceu com seu filho, pois ele iria casar-se com a princesa Andrômeda, filha da rainha Cassiopéia, e reinaria na cidade de Joppa e Fenícia.
Tétis então resolve interferir no destino, tentando fazer com que homem nenhum se case com Andrômeda, e com isso fez com que Perseu saísse da ilha onde estava protegido, para que morresse. Ao saber da interferência de Tétis no destino de Perseu, Zeus manda que as deusas Afrodite, Atena e Hera façam armas de temperá divina para que ele possa se proteger dos perigos. Zeus aparece para Perseu e fala sobre as armas que iram protege-lo futuramente, para que cumpra o seu destino.
E assim Perseu resolve conhecer Joppa e fica sabendo sobre Andrômeda e seu problema: de não poder casar-se, ao menos que seu pretendente responda corretamente a adivinhação (dada por Calibos). O pretendente que não responde corretamente a adivinhação é queimado vivo em uma estaca. Para tentar descobrir o adivinha, Perseu resolve usar uma parte da armadura que recebeu, o capacete da invisibilidade e vai até ao quarto de Andrômeda e vê que ela é visitada por um abutre gigante que aprisiona sua alma e leva até Calibos. Ele segue até o pântano e descobre a solução para casar-se com Andrômeda, e ainda decepa a mão de Calibos.
No dia seguinte, na cerimônia de pretendentes, Perseu se candidata e responde corretamente a pergunta, tornando-se o futuro marido de Andrômeda. Com ódio do que Perseu fez, Calibos implora para sua mãe Tétis que se vingue por ele, destruindo Perseu, mas sua mãe diz que não pode destruí-lo, pois ele é filho de Zeus e é protegido por tal. Ao saber que Perseu não pode ser destruído, Calibos pede a sua mãe que destrua Andrômeda e a cidade de Joppa.
Já na cerimônia de casamento, a rainha Cassipèia resolve comparar a beleza de sua filha com a da deusa, e Tétis fica irada e sua estátua até cai, e ela resolve castigar a cidade, mas dá uma suposta saída para os cidadãos de Joppa: um prazo de trinta dias para a virgem Andrômeda ser oferecida em sacrifício ao Titã Kraken, ou toda a cidade seria destruída.
Em busca de uma solução para salvar Joppa e Andrômeda, Perseu procura um meio de derrotar Kraken, mesmo algumas pessoas dizendo que ele era invencível, encontra um soldado que fala sobre as três bruxas cegas que possui um único olho, e o alerta sobre o risco e a possibilidade de não voltar, pois elas seriam canibais. Ao chegar ao local Perseu manda sua corruja dada por Atena, pegar o olho da bruxa e é através disso que ele obriga as bruxas a falarem o que pode destruir o Titã Kraken, e elas relatam que é através de Medusa. E Perseu vai atrás da sua possível vitória, mas também é advertido de que se olhar nos olhos de medusa se transformaria em pedra. E Perseu vai à busca de Medusa na ilha da Morte, no mundo subterrâneo. Ao chegar, Perseu derrota Medusa, cortando sua cabeça através de seu escudo. Guarda a cabeça em um saco, e guarda-a para derrotar Kraken. Enquanto descansava à noite para retornar à Joppa, o grupo é atacado por Calibos e escorpiões gigantes, mas Perseu o destrói.
Ao chegar a Joppa, Andrômeda está sendo oferecida em sacrifício, mas Perseu chega a tempo e vence o último Titã Kraken, salvando sua amada Andrômeda e a cidade de Joppa.
O filme retrata de maneira bem rica e fiel a Mitologia Grega. Pois de acordo com os gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos como ciúmes, inveja, traição, violência, amor e outras. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes, e dessas uniões entre deuses e mortais, surgiam os heróis.

“Perseu, o grande herói do filme, foi fruto de uma dessas uniões de amor”.

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